sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SÉRGIOMACACO: O HOMEM QUE FEZ A DIFERENÇA



Dia 12 de junho de 1968, o capitão para-quedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, convocado a uma reunião, foi recebido no gabinete do ministro da Aeronáutica pelos brigadeiros Hipólito da Costa e João Paulo Burnier, que viria a se tornar conhecido como torturador e assassino.

Sérgio era admirado por indianistas como os irmãos Vilas-Boas e o médico Noel Nutels. Foi amigo de caciques como Raoni, Kremure, Megaron, Krumari e Kretire. Os índios o chamavam "Nambiguá caraíba" (homem branco amigo). Aos 37 anos, Sérgio Macaco (como era conhecido na Aeronáutica) já tinha seis mil horas de vôo e 900 saltos em missões humanitárias, de resgate e socorro em geral. Todavia o tipo de tarefa que lhe seria proposta ali pelos oficiais não era nem um pouco digna ou solidária.

- O senhor tem quatro medalhas por bravura, não tem? - indagou Burnier.

Sérgio respondeu afirmativamente. Então o brigadeiro continuo u:

- Pois a quinta, quem vai colocar no seu peito sou eu. - Fez uma pausa. - Capitão, se o gasômetro da avenida Brasil explodir às seis horas da tarde, quantas pessoas morrem?

Achando que a pergunta se referia apenas à remota hipótese de um acidente na cidade do Rio de Janeiro, Sergio respondeu:

- Nessa hora de movimento, umas 100 mil pessoas.

Foi nesse momento que os dois brigadeiros começaram a explicar um terrível plano terrorista das Forças Armadas e qual deveria ser a participação de Sérgio. Os dois propuseram que ele, acompanhado por outros para-quedistas, colocasse bombas na porta da Sears, do Citibank, da embaixada americana, causando algumas mortes. Em seguida viria a grande carnificina: queriam que dinamitasse a Represa de Ribeirão das Lajes e, simultaneamente, explodisse o gasômetro. As cargas, de efeito retardado, seriam colocadas pelo capitão Sérgio, que depois ficaria aguardando, no Campo dos Af onsos, o surgimento duma grande claridade. Aí ele decolaria de helicóptero e aportaria no local da tragédia posando de bonzinho, prestando socorro a milhares de feridos e recolhendo mortos vítimados pela ação da própria Aeronáutica.

Colocariam a culpa nos grupos esquerdistas que lutavam contra a ditadura. Sérgio seria tido como herói por salvar as supostas vítimas dos "comunistas" e receberia sua quinta medalha, enquanto a ditadura teria um pretexto para aumentar a repressão a socialistas e democratas.

O capitão se negou a participar de uma ação tão vil. Declarou corajosamente aos bandidos fardados:

- O que torna uma missão legal e moral não é a presença de dois oficiais-generais à frente dela, o que a torna legal é a natureza da missão.

Outros em seu lugar simplesmente encolheriam os ombros e obedeceriam aos superiores, iriam se desculpar dizendo que estavam apenas "cumprindo ordens". Mas Sérgio era é tico, íntegro, não tinha obediência cega a ninguém, seguia acima de tudo sua consciência e valores. Era um homem de verdade: denunciou o plano diabólico e evitou aquela que seria a maior tragédia da nossa história.

Foi perseguido pela ditadura, discriminado, removido para o Recife, reformado na marra aos 37 anos, cassado pelo AI-5 e pelo Ato Complementar 19, curtiu prisão... só não puderam quebrar-lhe integridade e honra, sua firmeza de ser humano. Sérgio se recusou a ser anistiado. "Anistia-se a quem cometeu alguma falta", costumava dizer. "Não posso ser anistiado pelo crime que evitei".

Em 1970, necessitando de um tratamento de coluna, aconselharam-no a não se internar em unidade militar, pois certamente seria assassinado lá dentro. Graças ao jornalista Darwin Brandão, com auxílio do médico Sérgio Carneiro, o capitão acabou sendo tratado clandestinamente no Hospital Miguel Couto.

Nos anos 90, o Supremo Tribunal Feder al determinou indenização e promoção de Sérgio a brigadeiro. Tal sentença dependia, porém, da assinatura de Itamar Franco. Itamar, como se sabe, não é nenhum modelo de virtude e, não por acaso, foi vice do corrupto Fernando Collor de Mello, que foi prefeito biônico de Maceió durante a ditadura e se criou politicamente graças ao regime militar...

Por seis meses, o presidente Itamar Franco, mesmo sabendo que Sérgio estava acometido de um câncer terminal no estômago? Guardou, na gaveta, a sentença do STF favorável ao capitão. Só a assinou três dias depois da morte do herói ocorrida em 4 de fevereiro de 1994.

Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho (cuja história é narrada no documentário "O Homem que disse Não" do diretor francês Olivier Horn) foi enterrado no cemitério São Francisco Xavier no Caju sem honras militares. É lembrado, entretanto, por todos aqueles que valorizam vida, ética, honestidade, coragem. Sérgio provou qu e, ao contrário do que muitos dizem, uma pessoa pode mudar a História: cada um de nós faz diferença no mundo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Presídio, Festas Médicas

Como diz o Zezinho Riera, o novo presídio com tantas mordomias, como professor de inglês, personal trainer, etc, vai ter de realizar vestibulares para a entrada dos detentos. Eu, pessoalmente, sou contra essas coisas. Acho sim, que têm de ser respeitados, ter tudo digno, dar-lhes oportunidade de aprender uma profissão, dar-lhes tudo o possível para isso, mas sem mordomias. Por exemplo, queimou colchão, fica sem colchão, ou trabalhe para comprar outros, usando dinheiro descontado de seu serviço.

Dilma, uma terrorista, ladra de bancos e de casas, uma bandida feia, que querem nos impor como presidente da república. Já viram o dossié da muié? Pior que o do Fernandinho Beira Mar. Tem dó, né? Taí o Aécio, que tem seus problemas como todos nós, mas mostrou em Minas que é um bom dirigente. Seria uma boa dobradinha ele como candidato e o Serra como vice. O contrário já oferece mais perigo.

Festas médicas: antigamente o meu querido amigo Amilcar fazia a festa da Santa Casa, com todo mundo, muita alegria. Depois tinhamos tambem as festas da unimed, duas por ano. Congraçamento da turma, sorteio de brindes ( com dinheiro nosso mesmo, sem patrocínio ). Muito bom. Uma vez eu perguntei porque, de repente, as festas passaram a ser em um só lugar, e puff!... acabaram-se. Acho que isso deveria ser decidido em assembléia e não pela vontade de uns 2 ou 3. Afinal de contas, como dizem, todos somos donos! Uma vez eu, o Toni Alagão e o Aurélio fizemos uma festa médica no antigo Xodó. Foi espetacular. Agora, com o Fábio Zambrana e o Fábio Amorelli tentando ressuscitar o zumbi da Associação Médica de Itajubá poderiamos fazer novamente, não? Gosto de rever os colegas. Mesmo os que não gosto. Zumbi porque a AMI já nasceu e já morreu umas 300 vezes. Os médicos de Itajubá são muito acomodados e meio “manés”, eu me incluindo.Sangue de barata.

Daqui a pouquinho, por falar nisso, no dia 29, o Juninho, meu primo Mané Marques, vai virar sexagenário. Não concordo de modo algum com esse nome. Sexagenário, como eu já disse aqui, teria de ser com 20-30 anos. Parabéns, Juninho. Deus o proteja, agora que você vai entrar na terceira idade. Um dia ainda chego lá...

Qualquer dia preciso falar aqui de minhas aventuras, juntamente com o Zezinho da Óptica, quando eramos vendedores de panela, de sapatos, donos de restaurante, etc... Acho que já fizemos de tudo para tentar ganhar dinheiro. Agora desistimos, pois não dá mais tempo. Mas que foi divertido, foi. Lembram-se do Fred’s Barney e do restaurante Casarão?

As forças armadas agora vão ter poder de polícias em determinadas situações. Por que não sempre? A salvação para o Brasil está aí. Primeiro passo positivo.

Vi ontem um bom filme, para quem gosta do gênero: Leningrado. Mostra o famoso cerco feito pelos nazistas, e que durou 828 dias. Morreu muita gente de fome. Os nazistas não mataram só 6.000.000 de judeus. Só em Leningrado morreram 1.500.000 de pessoas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

="Chapéu Pensador" do Pardal - Debabelizador

Companhia japonesa apresenta "óculos tradutor"
AFP
O dispositivo projeta imagens na retina do usuário


A companhia de tecnologia japonesa NEC criou uma aparelho acoplável à cabeça que faz traduções com legendas. O aparelho, semelhante a óculos sem lentes, usa um minúsculo projetor para projetar as imagens direto na retina do usuário.

A NEC afirmou que planeja uma versão que usa tradução em tempo real, para fornecer legendas para uma conversa entre duas pessoas que não falam o mesmo idioma.

O aparelho, chamado Tele Scouter, visa atender vendedores ou funcionários de empresas que precisam lidar com questões de clientes em outro idioma.

De acordo com a NEC, o Tele Scouter é uma ferramenta de negócios que também poderá ajudar vendedores que terão informações sobre o histórico de compras de um cliente, transmitido direto para seu olho durante uma conversa.

Conversa

Para o uso em traduções, a NEC afirma que um microfone será usado, acoplado ao aparelho, para captar as vozes das duas pessoas que participam da conversa. Estas vozes são passadas para um programa de tradução e sistemas de transformação de voz para texto. Em seguida, a tradução é enviada de volta para o aparelho.

Enquanto um usuário ouve a tradução, ele também terá o texto em legendas, transmitido para a retina. “Você pode manter o fluxo da conversa”, disse o porta-voz da NEC Takayuki Omino, à agência de notícias AFP durante uma feira em Tóquio, onde o aparelho foi mostrado pela primeira vez.

Omino afirmou que o sistema também poderá ser usado para conversas confidenciais que seriam comprometidas pelo envolvimento de um tradutor humano. A NEC pretende lançar o Tele Scouter no Japão em Novembro de 2010, mas inicialmente o aparelho não terá a função de tradução.

Uma versão que poderá fornecer legendas deve ser lançada em 2011, segundo a companhia. Inicialmente, um jogo com 30 aparelhos custará cerca de 7.5 milhões de ienes (quase R$ 143 mil). O custo não inclui o preço das ferramentas e programas de tradução.